Um velho mestre

Lá estava eu, parado sob o sol pensando na vida e em tudo que tinha para fazer. Tinha problemas para resolver, lugares para ir, coisas para terminar. Foi quando em um táxi a minha frente vi ele, uns dos melhores mestres que já tive o prazer de encontrar. Ele estava mais velho, cabelos mais grizalhos, mas ainda tinha aquele ar de sabedoria que muitas vezes é confundido com a loucura.

Meu velho mestre conversa normalmente com o motorista, sem perceber a minha presença. Torci para que ele me olhasse e me reconhecesse, que visse a pessoa que me tornei, queria que ele pudesse ler meus pensamentos.
Após alguns segundos ele finalmente olhos para onde eu estava, naquele momento eu voltei ao passado, revi as suas aulas, revi as suas paranóias, revi os seus conselhos. Por uns segundos que pareciam horas eu pude aprecisar seus ensinamentos novamente, pude ouvi-lo dizer novamente como gostaria que eu seguisse a mesma carreira que ele, pude ver novamente o amor que ele nutria pelo conteúdo que aprendeu a amar.

Infelizmente não segui a carreira que ele gostaria e nem ele foi capaz de me reconhecer, o sinal se abriu e ele seguiu sem caminho, sem ao menos escutar eu dizer:"Obrigado, velho mestre.".

Mal nós

Vídeo comemorativo dos dois campeonatos (2008/2009) do melhor time de futsal que o CEFET já viu. Pelo menos essa várzea nós ganhamos, e tenho certeza que vai ficar gravado na mente de cada um *_*



Rap dos Backyardigans

Fica aí um pequeno rap que eu fiz. É meio tenso ler sem saber em qual ritmo deve ser lido, mas enfim, é um rap.


Rap dos Backyardigans

Backyardigans vem chegando, a criançada se anima
Ouço risadas, ouço gritos, mais parece uma chacina
E nisto quem morre é o dinheiro do papai
Que perde a dignidade por comprar no Paraguai

Joãozinho está feliz, vê seus ídolos dançando
Na cabeça uma imagem, distorcida se formando
Pobre criancinha, saltidando de alegria
Mal sabe ela que o Pablo, foderi* sua tia

Arquibancada tá lotada, alegria transbordando
Assim como ganância, de quem está se apresentando
No camarin muita fumaça, e charuto importado
Graças ao dinhero do papai, que trabalha no feriado

É isso aí Joãozinho, já acabou o espetáculo
30 minutos da tua vida, que valem mais que teu barraco
Agora pode ir, vai pegar o teu busão
Porque amanhã é dia duro, vai trabalhar lá no lixão

VALEU 3AM!

Primeiramente, parabéns a todos da turma que acharam seus nomes no listão do PAVE. Quero dizer que somos fodas pra kralho :)
Após isso, lembrando da temível prova de física desta quinta-feira (pelo menos pra mim), deixo o vídeo abaixo, com o intuito de tornar o conhecimento do Magnetismo mais divertido.



Abraços

A ironia natalina

"Já eu, um cara a favor do sistema, amo tudo que vem do Natal. Todo o amor, os presentes e o bom velhinho, lógico. Mas ainda sim prefiro aquela rena, o tal de bambi, manja?"

O Natal é épico.
Comemoramos, através de uma figura pagã (o Papai Noel), o nascimento do símbolo do cristianismo (ora, Cristo). Um tanto quanto irônico, não? Além disso, é necessário presentear: é o nosso querido Capitalismo, minha gente.
Muito mais complicada é a função moralista que o Natal desempenha. Quem nunca escutou: "Comporte-se, hein, senão não vai ganhar presente do Papai Noel."
A resposta deveria ser: "PUTA QUE PARIU, QUE SE FODA, EU POSSO FAZER MEU PRÓPRIO CARRINHO DE ROLIMÃ COM A CAIXA DE FERRAMENTAS DO VÔ."
É, amigo, o Papai Noel se assemelha mais com os órgãos de repressão e controle de conduta do que com a querida figura de um bom velhinho, com sua barba falsa e face avermelhada.

"Pai, por que o Papai Noel usa roupa vermelha?"
RESPONDA(quando houver oportunidade): "Por causa da Coca-Cola, filho."
Sim. Originalmente, a roupa do bom velhinho era verde. Através dos anúncios publicitários de nossa querida marca de refrigerantes, a imagem do Papai Noel passou a ser vista em vestes vermelhas. Bacana, não? (Fonte: Gládis, ele sabe das coisas)

Dizem que Jesus nem nasceu em Dezembro. Não deveríamos ligar, desde que o real sentimento fosse valorizado. Não sou cristão, mas sei que não é dessa forma que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado.
Capitalismo e consumismo, aliados ao controle de conduta, são as bases natalinas atualmente. Cristo pregava o amor, muito esquecido em nosso Natal.

Estudo Errado

E volta e meia eu volto a falar de educação, porém não nesse blog. Aliás, acho que só postei uma vez... Mas não vamos desviar o assunto: Educação!
Andei escrevendo no meu blog sobre minha revolta a respeito do nosso sistema educacional, da inutilidade de certas disciplinas e conteúdos (como a reprodução das minhocas, por exemplo). Sei que esse assunto é extremamente complexo, pois não podemos simplesmente deixar de abordar certos assuntos. Há coisas que interessam alguns estudantes e outras não. Mas, ainda assim, continuo "de cara" com esse nosso sistema educacional.
Aí, numa dessas conversas filosóficas com meu respectivo, conheço essa música do Gabriel Pensador, que é antiga pra caramba. Ela expressa um pouco da minha opinião a respeito da educação.
Convido então, a todos leitores, a lerem ou ouvirem a música abaixo:

Estudo Errado - Gabriel O Pensador
Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Refrão

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
Mas é só a verdade professora!
Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego.

Youtube

Back in the U.S.S.R.

Fazia frio naquele 7 de agosto de 1942. As tropas alemãs começaram o ataque com força máxima, a expectativa era ótima. A Luftwaffe rasgava o céu ameaçadora e destruidoramente. Levava vidas humanas como se fossem de formigas; era a mais temida das forças. Foi o cartão de visita nazista. Destruindo navios no Rio Volga a cidade não poderia mais ser abastecida fluvialmente. Em seis dias os passarinhos negros alemães afundaram 36 embarcações, entre navios e balsas. Sobre a cidade, mais de 1000 toneladas de bombas eram lançadas, destruindo ruas, fábricas, casas e abrigos. Dizimação total. Por terra, os panzers comandavam. Abrindo caminho para os soldados (geralmente armados com carabinas K98), bastava um estrondo para a morte em massa. Entravam triunfantes pelas ruas de Stalingrado, pareciam desfilar sobre uma passarela de sangue. O silêncio da platéia era sinal de que o desfile ia bem.
Mas não seria fácil para os amigos do Terceiro Reich. Os camaradas russos ‘não estavam para brincadeira’. Perder Stalingrado era uma hipótese impensável. A cidade era um dos principais centros russos. Zona de entroncamentos fluviais e ferroviários, por ali passava grande parte da produção mineral e petrolífera russa. Mas acima da importância econômica, vinha uma questão de honra. Perder a cidade que leva o nome do grande general e mestre Stalin para os alemães? Melhor perder a vida para não ver. E esta é uma das principais causas de tantas mortes na maior e mais sangrenta batalha da história. Civis não podiam deixar a cidade, ordens de cima. O general que não se aproximava do fogo alemão, era o mesmo que atirava nos seus camaradas desertores que tentavam correr mais rápido que as balas alemãs. Soldados então, pior ainda, passavam de heróis da pátria a verdadeiros traidores. Que fossem quinhentos contra um, mas não poderiam fugir do front, pois morreriam do mesmo jeito, só que por fogo amigo.
Quem não estava dentro deste grupo de ‘suicídio’ eram os atiradores de elite. Eram as jóias rara dos russos, o ponto alto do exército. Entre eles havia um destaque: Vasily Grigoryevich Zaitsev. Tinha 28 anos, entrou para a guerra pela 284ª Divisão de Fuzileiros, mas foi logo promovido a atirador de elite. Sua habilidade era imensa. Aprendeu a arte de atirar caçando lobos com seu avó aos 8 anos. Quando a Russia passava por ‘maus bocados’ na guerra, instaurou-se um sentimento de derrota sobre o exército e o povo. A imagem de Vassili serviu como motivação para a nação. Sua foto com seu rifle era estampada nas capas dos jornais: a máquina de matar. Mas não matava qualquer um. Seus alvos eram escolhidos com cuidado, matava apenas militares de alto posto: comandantes, generais e tenentes. Infiltrava-se nas bases alemãs e passava horas ou até dias para atingir seu objetivo. Paciência, frieza, e habilidade. Era o que ele precisava. Tarefa que não admitia erros. Vassili se camuflava, tomava um local estratégico e ali esperava por sua vítima. Não podia ser visto. Ele não respirava. Não estava vivo. Esperava com cuidado a hora de disparar, analisava meticulosamente o rosto da vítima, era até possível dizer se estava com a barba feita ou não. Este rosto nunca mais seria esquecido. Apenas um tiro. Um tiro que, se não for certeiro, revela sua posição e decreta sua morte. Calma...calma... os arredores... o dedo pesado... o vento... a respiração cessa...PUM! Mais uma testa marcada por Vassili.
Mas voltemos àquela fria manhã de 7 de agosto. O mensageiro da morte havia sido enviado para mais uma missão: exterminar o poderoso marechal-do-ar Wolfram Freiherr von Richthofen, comandante da temida Luftwaffe. Saiu do abrigo quando ainda era noite. O abrigo era subterrâneo, uma espécie de base militar. Tinha a saída para a fábrica de tratores, que já estava em destroços. Nele estava hospedada uma grande parte do contingente russo em Stalingrado. Havia quatro iguais a este pela cidade. Vassili saiu do abrigo com seu rifle em mãos, sozinho. Essa cena já era tanto habitual quanto promissora. Quando Vassili saía do abrigo para mais um ‘objetivo’, os demais soldados sabiam que teriam mais um oficial inimigo morto, e a vitória estaria mais próxima. Saiu pela fábrica de tratotes, não tinha pressa, estava com tempo. Saía sempre antes do tempo previsto, gostava de trabalhar com calma. Varreu a fábrica com os olhos e viu o de sempre: destruição. Stalingrado mais parecia uma cidade abandonada, daquelas de filmes de terror. Quando não havia combate nada se via e nada se ouvia. Todas as ruas desertas. O vento soprando gelado. Nem o sol aparecia. A base onde deveria estar o marechal-do-ar ficava a 3 quilômetros dali. A missão de Vassili além de exterminar Wolfram era também evitar mais um ataque da força aérea alemã, o que seria consequência da morte de seu comandante. Os ataques aéreos aconteciam geralmente pela tade, entre 13 e 16 horas. Era o horário em que o serviço já deveria estar completo. Eram 4 horas, Vassili atravessou a fábrica de tratores por túneis que nela existem. Não é seguro passar por qualquer local aberto na cidade, pois nunca se sabe onde podem estar franco atiradores. Vassili sabia bem disso. Seguiu pelos túneis da fábrica até os fundos, onde havia uma saída mais sigilosa. Precisava atravessar uma estreita rua até chegar ao prédio ao lado. Olhou ao redor, não viu ninguém. Usou sua arma para procurar por franco atiradores em locais estrtégicos. Nada. Então, correu para atravessar a estreita rua. Sem problemas.
Vassili foi seguindo deste modo, sempre com muita cautela, até chegar o mais próximo possível da base alemã. Estava quase lá, eram 5 horas, o sol não havia nascido ainda e Vassili não viu ninguém desde que saiu do abrigo. Estava no último prédio destruído que lhe serviria abrigo, a 900 metros da base inimiga. Era um local afastado do centro da cidade. A base ficava atrás de uma colina. O terreno: arbustros de meia altura. Era perfeito, permitia uma aproximação sem ser percebido. Vassili estava vestido com uma camuflagem previamente elaborada. Uma roupa que lhe ia desde a cabeça até os pés. De fora apenas o rosto (sujo de barro), e mesmo que seus dentes não fossem tão brancos, não podia sorrir. A roupa era feita de retalhos de pano, em variados tons de verde que se uniam as folhagens como se fossem um só. O rifle também, com o mesmo tecido o cobrindo, nem parecia algo que pudesse matar. Estava pronto para sair de seu último abrigo feito de paredes. Foi. Se misturou aos arbustos lentamente. A colina onde pretendia se posicionar estava a cerca de 300 metros dali. 300 longos metros. Sem abrigo nenhum, Vassili deveria percorrer esta distância misturado as folhagens, sem dar nenhuma chance ao inimigo de ser percebido. E ele sabia bem disso. ‘Quem bem caça, bem sabe como não ser caçado’, era o que ele dizia.
Usando os cotovelos como apoio, Vasily foi rastejando lentamente. Chegava a encostar até o rosto no chão, tudo para não ser percebido. Fazia breve paradas de, a grosso modo, 20 segundos para descansar e para prestar atenção nos ruídos a sua volta. Seguiu desta maneira, sempre com muita concentração, até alcançar o local desejado. Em 30 minutos percorreu esses 300 metros. Estava lá. Era o topo da colina (embora não fosse muito alto).
Já em sua posição, mais uma breve pausa para o descanço. Muito cansativa era a arte da camuflagem. Seus cotovelos ardiam. Mas isto não o desconcentrava de seu objetivo: Wolfram von Richthofen. Em posição. Deitado entre os arbustos. Barriga encostando-se ao chão. A base estava lá. Não era um enorme complexo militar, pois os alemães não estavam ali há muito tempo, mas tinha seu valor estratégico. Era formada basicamente por quatro galpões onde ficavam os aviões, e outro galpão que servia de dormitório para pilotos, funcionários e outros. E havia ainda outra pequena construção que servia de dormitório para os altos oficiais e de sala de reunião. Ali eram tomadas as principais decisões de como seriam feitos os ataques da Luftwaffe. Sobre uma grande mesa estava um mapa de Stalingrado, já todo marcado com rotas aéreas, com alvos já destruídos e com alvos potenciais para receber novas levas de bombas. Era nesta pequena construção que Vasily pretendia acertar o marechal alemão. Já havia achado a posição mais confortável. Rifle devidamente apoiado. Eram 600 metros de distância. Mirava em uma janela que não era muito grande. Através dela era possível ver uma parede branca, um quadro e um pedaço da mesa de reuniões. Estava tudo pronto, eram 7 horas e o sol começava a dar sinais de que iria aparecer para mais um dia de muitas mortes.
A movimentação na base começava a se intensificar. Vasily observava tudo atentamente e com certo desprezo. Via circular pela pista e pelos galpões dezenas de soldados alemães. Vestindo seus uniformes cinzas, caminhavam como formigas para lá e para cá. Sua vontade era matar alguns deles (e ele podia fazer isso), mas não era seu objetivo. Os Heinkel He 111 K estavam sendo preparados para mais um ataque que aconteceria dentro de horas. Vasily sabia disso, eram 7 e meia, os ataques geralmente começavam por volta das 13h.
8 horas e nada de Richthofen. Na janela do pequeno alojamento central Vasily já observava alguns oficiais conversando. Não sabia quem eram, mas por suas roupas e medalhas eram oficiais de alto posto. 8 e meia, 9horas... Nada. Vasily começava a ficar nervoso. Não por ter que esperar (um sniper nunca se incomoda com isso), mas preocupado com os ataques que aconteceriam logo mais. Com certeza perderia mais aliados e irmãos nestes ataques. Mas se sua missão fosse cumprida certamente não haveria ataques (aéreos, é claro), pelo menos por um dia.
Até que enfim. Eram 9 e meia quando Vasily avistou Richthofen pela janela. Parecia a recém estar acordando. ‘Não é de se espantar, enquanto seus soldados trabalham, ele está dormindo, maldito’. Copo de café na mão, conversava com os outros oficias. Soltava alguns sorrisos, parecia contente. Estavamos em agosto de 1942, a Alemanha estava no início de sua ofensiva sobre Stalingrado, era vitoriosa até ali. Mas a hora era essa. O marechal estava parado na janela conversando. Estava de lado para Vasily. Não havia motivo para esperar. Vasily mirou na janela. Estava com sorte (embora não precisasse), não havia vento. Muita calma, não podia errar o tiro. Mirou com extrema precisão, na altura da orelha. Segurou a respiração. 1...2...3... Marechal do ar Wolfram von Richthofen: falecido em 7 de agosto de 1942. Era o que seria escrito em sua lápide dias depois. Tiro certeiro. O marechal caiu na hora. Os outros oficiais que estavam com ele se atiraram no chão. Vasily até riu. Instaurou-se um grande tumulto na base. Soldados correndo para tudo quanto é lado. Um dos oficiais que estavam no escritório logo mandou soldados saírem em busca de um atirador nas redondezas. Inútil. Vasily estava a 600m dali, invisível como o ar. E já estava de partida.
A morte do marechal não impediu que os ataques da Luftwaffe continuassem nos dias seguintes, mas com certeza abalou fortemente as estratégias nazistas, instaurando um pânico psicológico nos grandes oficiais, que tinham consciência de que poderiam perder suas valiosas vidas arianas por conta de um impuro qualquer que não podia ser visto. Vasily Grigoryevich Zaitsev é reconhecido como herói nacional e hoje possui uma estátua em Volgogrado (atual nome de Stalingrado). Matou um total de 242 alemães durante toda a guerra, ajudando a União Soviética a vencer a mais violenta batalha que o mundo já viu, e que marcaria o início da decadência alemã na Segunda Guerra.

Sem título.

Sem título.
Quem são os que não sonham?
Desejo cruel de sonhar
Aqueles que não possuem a dádiva da ilusão
Preocupam-se apenas em lutar.

Mentiras se tornam verdades
Sob a lente da televisão
Não devemos abrir os olhos
O que nos resta é a escuridão.

Por insensível que és,
Não se preocupas em sonhar
A realidade vos chama:
“Ora, não deixe de lutar.”

O que é imaginário?
O que é real?
Quem sabe um dia sonhe comigo
Esse teu sonho, teu sonho marginal.

Mil vezes sonhei contigo
Real, imaginário?
Não resta dúvida
Seguirei carregando esse calvário.

O sofrimento não se foi
A luta jamais acabará
Enquanto os olhos se impressionarem
A mente não sonhará.

Da vida, o que é real?
Nada passa de um sonho
Tudo se confunde
Perante ao existir enfadonho.
-Ivan Draco

Post mais inútil da história, mas serve para movimentação.
Reflitam ou não.

Em busca da melhor faculdade [ou não!]

Bem, talvez este possa parecer um post meio chato pra postar num blog tão legal *-* Mas esse assunto me intrigou hoje, e creio que possa servir de interesse a vocês, meus caros vestibulandos.

Estamos em plena época de vestibular (que bela merda!). Um vestibular completamente fora de época! Acho que ninguém tá ligando pra esse novo ENEM (pelo menos as pessoas que eu conheço), vão fazer “por fazer” e tudo mais. Eu confesso que não irei estudar e farei “por fazer” porque tenho outros objetivos neste ano. Mas bem, meus caros, em março será “punk”! Yeahh, ou nós passamos ou vagabundiamos!

Pois é, aí é que “o bicho pega”! Estava pensando em que curso fazer, se vou cursar por aqui mesmo ou se vou m’bora. Se vou fazer na UFPEL, morrer pagando uma UCPEL (ou morrer estudando pra descola uma bolsa)... Mas bem, até que chego ao assunto chave neste post: Estudar nas melhores faculdades é garantia de um futuro brilhante? Tá, a responta pode ser óbvia : “Não, porque quem faz o curso é você! E blábláblá”. Mas então, podemos estudar em uma faculdade de merda e ir à luta e ter um futuro brilhante?

Pois então, meus caros, desculpem-me os palavrões. Mas é nisso que eu andei pensando e quis compartilhar com vocês.

Eu acho que deve ser bacana estudar em uma ótima universidade, com ótimas referências e tudo mais. Mas isso condiciona mais oportunidades no mercado de trabalho? Quero pensar que não, porque não irei conseguir estudar nas melhores universidades direcionadas ao meu curso. Posso parecer um tanto negativa pensando assim, mas sou é realista! E gosto de Pelotas, acho bom morar em cidade pequena (tudo perto, “barato”, e blábláblá), acho uma cidade muito boa pra se estudar. Tenho “medo” de me aventurar em outro lugar e me f**** (censurei! Ahauahua :P). Mas então é isso!

Queria saber o que pensam a respeito :D

Beijos! E bom fim de feriado!

Quem diria!

Foram abertos os serviços, graças ao bom poeteiro Wander Wildner. Sim, isso foi desnecessário; porém, não sou o único culpado (reflitam).
Para todos os leigos, disponibilizarei a letra da música que identifica nosso saudoso blog:

Moto - Os Cascavelletes

Ela só tem 13 anos
E solta fumaça pelos canos
Ela tem uma moto
Até te mostro uma foto

Ela namora um moço
Só troca beijinhos no rosto
Mas quando sai com outro rapaz
Ela vira Satanáááás!!!

Deixa eu andar na tua moto
Mas quem vai na frente é você
Eu sento na carona!
Deixa eu andar na tua moto
Mas quem vai na frente é você
Eu sento na carona!

Ela começou tão cedo
Andando na sua bicicleta
Depois ganhando um carro
Só anda de portas abertas

Ela namora um moço
Só troca beijinhos no rosto
Mas quando sai com outro rapaz
Ela vira Satanáááás!!!

Deixa eu andar na tua moto
Mas quem vai na frente é você
Eu sento na carona!
Deixa eu andar na tua moto
Mas quem vai na frente é você
Eu sento na carona!

Essa é a verdade, mesmo que as verdades não existam.

Enfim, salvem Casca, nossas mães que cozinham arroz para o almoço, nossos pais que fazem a barba para manter o rostinho sensual (ou não), a gurizada da 3AM (inclua o Lelê), a tia da cantina que nos serve arroz com leite e todo esse pessoal lindo de Deus que lê essas palavras tão mal colocadas.

Acompanhe o blog, mas faze o que tu queres há de ser tudo da lei.
EU SENTO
NA CARONA!

-sem mais.